CHUVA
























Do lado de lá da minha janela cai uma chuva fininha e eu não me lembro de tê-la percebido começar. Não importa. Eu havia procurado aconchego aqui no lençol da cama mas o barulho das gotas batendo no vidro me convidaram a pensar um pouco; e fui entendendo sobre calmaria e sobre a importância de manter a minha alma em paz. Porque tem dias que eu sou trovão, vendaval, ventania, furacão. Esqueço de ser mansa e isso sempre acaba levando um pedaço de mim. Cada gota que bate na janela do quarto é um sussurro chegando ao meu coração dizendo pra eu não ter pressa e me convidando a viver um dia de cada vez. Eis-me aqui.


Wanderly Frota

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