"Eu nunca senti isso antes", "dessa vez é
diferente" (...) E eu ainda me pergunto porque alguns amores são errados,
ligeiros, egoístas e caloteiros. Todos os dias, na fila do café, basta um gesto
e o garçom já sabe: o de sempre. Dois minutinhos depois, com pouco açúcar e
fervendo, lá vem ele pretinho pra mim. Enquanto tomo a minha dose de 'bom dia'
penso no que eu preciso fazer até completar minha hora no trampo. Talvez rever uns
papéis, decorar uns dois textos e não me esquecer de pagar o supermercado.
Escolho o tempo todo. Se vou, se fico, se quero ou se não quero; se brindo, se
atendo, se visto ou se tiro. E muita gente pensa que com os outros também é
assim e dizem: eu quero o de sempre. Sem perceber que quando uma pessoa te
assume um sentimento, você passa a ser responsável por ela, quer queira ou não.
Não se compra alguém na fila do pão e nem se joga fora feito rabisco velho. E
muito menos se encontra o 'amor da sua vida' trezentas e sessenta e cinco vezes
por ano. Pessoas não são coisas; separa, caso contrário, quem acaba virando
mercadoria é você!
Wanderly
Frota
Querida
ResponderExcluirLindo texto, muita gente ainda trata os outros como objetos. Esquecem que todo mundo tem sentimentos e que com sentimentos dos outros não se brinca.
O amor tem que ser regado de cuidados todos os dias, se não morre.
bjokas =)