Escrevo pouco por ser muito. Minha intensidade se traduz em
algumas linhas e minha doçura, por vezes, fica escondida nas coisas que eu não
consigo dizer. O que eu não digo está no olhar, na maneira de pegar a xícara,
num gole de café a mais, num meio-sorriso-irônico, num tom de voz diferente. Fica subentendido no
fundo do coração. Coração de mulher, meu bem: doce, porém ardente. E
flamejante. É que sentir já não basta pra mim. Eu preciso arregaçar as cortinas
da minha própria vida, ser a minha plateia, fazer espetáculo. Tenho mania de me
encontrar em cada detalhe que vivo. Seja num filme que vejo na TV ou numa
canção de amor que faz todo o meu ser extravasar. Tenho um coração que arde. E
uma alma errante.
Wanderly Frota e Paolla Milnyczul
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