Pegou na minha mão e me chamou para dançar. O volume chegando aos cem denunciava a incansável voz de Bryan Adams. A canção nos unia de um jeito que nenhuma palavra antes dita havia conseguido unir. Éramos um a passos lentos, leves e nossos. Meu coração festejava: Era justamente ali que eu queria estar, embalada por uma música boa, ao lado da pessoa que eu mais amava na vida. Rodopiei feito pipa no céu e não queria parar por nada. A noite anunciava que era criança e não tinha hora pra acabar. Ainda bem. Eu não estava com pressa.
A vida as vezes nos tira para dançar, sem data e nem hora marcada, mostrando-nos que dor nenhuma merece ter espaço nos nossos dias. Fazer de nós algo leve e solto, que acompanha qualquer nota musical, é uma boa alternativa para amenizar nossos ais.
Dance.
Wanderly Frota
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